quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Telhado verde

Telhado verde é uma técnica de arquitetura que consiste na aplicação e uso de solo ou substrato e vegetação sobre uma camada impermeável, geralmente instalada na cobertura de residências, fábricas, escritórios e outras edificações. Suas principais vantagens são facilitar a drenagem, fornecer isolamento acústico e térmico, produzir um diferencial estético e ambiental na edificação, e compensar parcialmente a área impermeável que foi ocupada no térreo da edificação.
Características
Um telhado verde é uma alternativa viável e sustentável perante os telhados e lajes tradicionais, porque facilita o gerenciamento de grandes cargas de águas pluviais, melhoria térmica, serviços ambientais e novas áreas de lazer.
O telhado verde proporciona também um ambiente muito mais fresco do que outros telhados, mantendo o edifício protegido de temperaturas extremas, especialmente no verão, reduzindo em até 3°C.
Em ambientes extremamentes artificiais como o urbano, promovem o reequilibrio ambiental, trazendo os benefícios da vegetação para a saúde pública e a biodiversidade, quando com plantas nativas do local. Às vezes, telhados verdes contam com painéis solares que reduzem o consumo de energia elétrica.
Melhora as condições termoacústicas da edificação, tanto no inverno como no verão. Estudos de bioclimatismo indicam que, com o uso de coberturas vivas, seja possível melhorar em *90% as condições térmicas no interior da edificação, sem recorrer a sistemas de climatização ou ar-condicionado artificiais.
O teto verde também mantém a umidade relativa do ar constante no entorno da edificação, forma um microclima e purifica a atmosfera no entorno da edificação, formando um microecossistema.
Contribui no combate ao efeito estufa, aumentando o ‘seqüestro’ (retirada) de carbono da atmosfera e ao mesmo tempo traz mais harmonia, bem estar e beleza para os moradores e/ou ocupantes da edificação. É também um excelente atrativo para pontos comerciais, tornando-os mais visíveis, mesmo quando distantes de locais estratégicos.
As plantas e a terra do telhado verde funcionam como um filtro natural da água, que pode ser armazenada ainda mais limpa, para depois ser usada na irrigação do jardim, nas bacias sanitárias, no chuveiro e, em regiões mais áridas, até para cozinhar e beber.
Custos
Os custos de instalação de um telhado verde dependem do sistema e tecnologia adotados. A diferença de preços se deve basicamente à quantidade e o tipo de materiais envolvidos, à complexidade de instalação e à escassez de mão-de-obra especializada. Atualmente existem no Brasil tecnologias eficazes e simples de telhados verdes, permitindo rápida amortização do investimento pela economia de energia e uso da área como jardim e lazer, quando em lajes planas.
Outro fator de economia é a extensão da vida útil de uma cobertura com telhado verde em relação à convencional, sujeita a demandas de manutenção devido à ação maior dos fatores climáticos, principalmente a impermeabilização, que fica menos propensa a fissuras pela constantes mudanças de temperaturas.

Banheiro Seco

Banheiro seco é uma alternativa ecológica no tratamento de fezes humanas. Apesar da semelhança estética com o banheiro comum, as fezes são separadas da urina.
As fezes são armazenadas em um local sem contato com o ambiente externo, onde a cada defecação a pessoa joga um punhado de serragem sobre as fezes para mantê-las secas e evitar o mal cheiro.
A urina é encaminhada a um sistema fechado de tratamento de águas cinzas (bacia de evapotranspiração), onde através de plantas semi-aquáticas, a água da urina é evaporada pelas folhas e seus nutrientes também utilizados pelas plantas.
Benefícios:
Ambientais
Sem água, o banheiro seco evita o lançamento de dejetos em tubulações ligadas à centros de tratamento ou diretamente em arroios e rios2 , para não os poluírem, e também produz composto orgânico no final de seu processo.
Educacionais
Através do banheiro seco, é possível ensinar o método cíclico da natureza, onde nenhum recurso é desperdiçado. Econômicos
O banheiro seco gera economias para que o possuí, ao: cessar o uso de água na instalação sanitária
evitar uso de tubulações ligadas a rede coletora de esgoto
evitar o gasto com adubo para árvores frutíferas
Modelos de banheiro seco
Existem vários modelos de banheiro seco e todos eles são completamente inodoros. As fezes podem ser coletadas num grande tonel abaixo da patente (bem vedado) e ao estar cheio, é trocado e o tonel passa aproximadamente 6 meses fechado fechado e após isso, mais 6 meses em uma composteira, de onde sai um adubo excelente para árvores frutíferas. Outro modelo é o da rampa, onde as fezes vão rolando e se acumulam numa caixa inclinada, com orientação solar norte, e com uma chaminé por onde saem os gases produzidos na decomposição.

Água - Energia - materiais ecológicos - resíduos

Água
O projeto de um edifício sustentável deve prever a redução no consumo de água e uma gestão inteligente deste recurso, através de tecnologias de reúso de água, utilização das águas pluviais e equipamentos de redução de consumo tais como torneiras e chuveiros com temporizadores ou sensores.
Energia
Um aspecto já tradicional da arquitetura sustentável é o aquecimento solar da água.
Materiais Ecológicos
São considerados materiais ecológicos (eco-eficientes) aqueles produzidos com menor impacto no meio ambiente. Entre os utilizados na construção sustentável pode-se citar: blocos de terra comprimida, o adobe, tintas sem componentes voláteis tóxicos, materiais reciclados, madeira certificada ou de curto ciclo de renovação, tijolo ecológico, entre outros.
Os materiais regionais são priorizados na construção sustentável, pois reduzem o percurso de transporte e emissão de gás carbônico da queima do combustível e priorizam o desenvolvimento do comércio/indústria regional.
Resíduos
Os resíduos da construção civil têm impacto significativo no volume de resíduos das cidades. Para além do seu grande volume, quando não separados na origem tornam-se de difícil reutilização, impossibilitando muitas vezes a sua reciclagem. A atenção dada a este pormenor é outra das suas características.

Arquitetura verde

A arquitetura sustentável, também conhecida como arquitetura verde e eco-arquitetura é uma maneira de conceber o projeto arquitetônico de forma sustentável, procurando otimizar recursos naturais e sistemas de edificação que de tal modo minimizem o impacto ambiental dos edifícios sobre o meio ambiente e seus habitantes.
Os princípios da arquitetura sustentável incluem:
A consideração das condições climáticas, da hidrografia e dos ecossistemas do entorno em que os edifícios são construídos, para obter o máximo desempenho com o menor impacto.
A eficácia e moderação no uso de materiais de construção, dando prioridade ao baixo consumo de energia em comparação com os de alta energia. A redução do consumo de energia para aquecimento, refrigeração, iluminação e outros equipamentos, cobrindo o resto da demanda com fontes de energia renováveis. A minimização do balanço global de energia do edifício, que abrange a concepção, construção, utilização e seu fim.
O cumprimento com os requisitos de conforto higrotérmico, salubridade, iluminação e ocupação dos edifícios.
Características Esse movimento surgiu no final da década de 2000 e concentra-se na criação de uma harmonia entre a obra final, o seu processo de construção e o meio ambiente. Pretende evitar em cada um dos passos agressões desnecessárias para o ambiente, otimizando processos de construção, reduzindo os resíduos resultantes, e diminuindo os consumos energéticos do edifício. Tem ainda como objectivo que a construção atinja um nível de conforto térmico e de qualidade do ar adequado, reduzindo assim a necessidade da utilização de sistemas de ventilação ou aquecimento artificiais.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Construção Energitérmica Sustentável

A Construção Energitérmica Sustentável é um tipo de edificação que surgiu na Europa. A característica principal desse tipo de arquitetura é o uso de materiais leves de aço, o Stell Frame, ou de madeira, a Wood Frame, que são unidas por placas estruturais, podendo ser usadas em casas com até cinco pavimentos. A construção se torna rígida e resistente e permite que o acabamento seja feito com qualquer tipo de material, dando ares modernos e bonitos às casas.
Ecologicamente correta
As Construções Energitérmicas Sustentáveis apresentam a vantagem de serem sustentáveis, pois causam poucos impactos negativos no meio ambiente, já que os materiais utilizados emitem baixos índices de CO2 (cerca de cinco vezes menos do que construções tradicionais). Essas construções também geram poucos resíduos, evitando a poluição do meio ambiente, e reduzem gastos com água e energia durante o processo de edificação ou reformas.
Vantagens
As edificações do tipo Energitérmica Sustentável apresentam estruturas mais duradouras do que as comuns, suportando ventos de até 300 km/h, além de um excelente isolamento térmico e acústico.
Mais uma vantagem é que o tempo da construção de um imóvel energitérmico é menor, pois os materiais já são comercializados de maneira pronta para serem usados, dispensado lixamentos e outros procedimentos que atrasam a obra.
Empresas no Brasil
A quantidade de empresas que trabalham com as Construções Energitérmicas Sustentáveis vem crescendo no Brasil. Atualmente, são mais de 20 construtoras espalhadas pelo país, como a Global Wood, a LP Brasil, a Dry Wall Curitiba, a Artetecta, a Better Light, entre outras.
Preço
Além de reduzir o tempo da obra, as Construções Energitérmicas trazem retorno financeiro em curto prazo para os construtores e apresentam menor custo para o contratante. Isso se deve ao fato de que essas construções não geram desperdícios de materiais, permitindo que o processo de edificação seja fiel ao planejamento financeiro. Uma casa Energitérmica Sustentável custa, em média, 30% menos do que construções convencionais.

Sustentabilidade Urbana

Em nome do desenvolvimento e urbanização, as cidades vêm degradando todo o ambiente ao seu redor. Rios e outras fontes de água contaminadas, ar poluído, lixões a céu aberto e desmatamentos são só alguns exemplos do “progresso” do homem moderno. O problema é que todas essas práticas também resultam em doenças, inundações, desmoronamentos e até morte. Ou seja, a sociedade está arcando com as consequências de sua política predatória exercida ao longo do tempo.
Nessa relação de causa e efeito fica claro que a inserção e o incentivo às ações sustentáveis nas cidades é fundamental para se ter uma qualidade de vida melhor. Além de representar um ganho econômico e social relevante, uma vez que o reaproveitamento de alguns materiais reduz os gastos com água e energia, preservando também os recursos naturais. Isso sem falar na demanda por mão de obra, aplicada em empresas voltadas para a sustentabilidade, como por exemplo, as usinas de reciclagem. Ganho para as indústrias e benefícios para os cidadãos.
É importante que todas as camadas da sociedade contribuam, mesmo que através de simples atitudes, como a coleta seletiva, armazenagem e descarte correto do lixo e uso de biocombustíveis, pois todas essas pequenas ações geram um resultado sustentável gigantesco. A coleta seletiva permite a reciclagem dos produtos, diminuindo o uso de matérias-primas. Respeitar os horários dos caminhões de lixo impede que as chuvas espalhem os detritos pelas ruas e avenidas, evitando o entupimento de bueiros e, consequentemente, as inundações e transbordamentos de rios e córregos. Já os biocombustíveis são fontes de energia limpas e renováveis, poluem menos e são ótimos substitutos para o petróleo.
Uma tendência que deve se consolidar nos próximos anos é a aplicação da chamada construção sustentável. Isso significa que as pessoas terão que se preocupar mais com a natureza antes de construir uma casa. O conceito implica que os edifícios verdes respeitem o meio ambiente, utilizando conscientemente os recursos naturais necessários e destinando os resíduos corretamente. O projeto inicial pode exigir uma quantidade maior de investimentos, mas esse valor será certamente coberto pela economia de recursos valiosíssimos para a humanidade, como água e energia elétrica. Portanto, a preocupação com a eficácia é sempre voltada para o mínimo impacto ambiental possível.
Os edifícios verdes devem seguir normas rígidas quanto à qualidade do ar, uso racional de energia e água, tratamento de resíduos sólidos e controle de emissão de poluentes. O ar interno deve estar sempre com boa qualidade e é preciso efetuar a manutenção periódica dos aparelhos de ar condicionado. No que diz respeito à energia, os prédios verdes devem explorar a iluminação natural, utilizando janelas maiores e criando espaços mais amplos. O uso de lâmpadas led também proporcionam maior economia. O desperdício de água tem que ser evitado a todo custo, assim como a boa qualidade da mesma deve ser mantida. O uso de material isolante de ruídos, a decoração com flores e plantas ajudam a manter a harmonia do ambiente interno. O programa de coleta de lixo deve ser seletivo e gerenciado sempre. Mas, acima de tudo, é imprescindível que os funcionários ou habitantes recebam a devida orientação ambiental para viverem nesses espaços ecologicamente corretos.
Assim, a sustentabilidade nas cidades é um dos maiores desafios da sociedade contemporânea e de seus governantes. Ao mesmo tempo em que é preciso continuar com o desenvolvimento econômico e social, é fundamental que tais ações tenham respeito para com o meio ambiente.

Sustentabilidade econômica

Sustentabilidade econômica
A sustentabilidade econômica, enquadrada no âmbito do desenvolvimento sustentável é um conjunto de medidas e políticas que visam à incorporação de preocupações e conceitos ambientais e sociais. Aos conceitos tradicionais de mais valias econômicas são adicionados como fatores a ter em conta, os parâmetros ambientais e sócio-econômicos, criando assim uma interligação entre os vários setores.
Assim, o lucro não é somente medido na sua vertente financeira, mas igualmente na vertente ambiental e social, o que potencializa um uso mais correto quer das matérias primas, quer dos recursos humanos.
Há ainda a incorporação da gestão mais eficiente dos recursos naturais, sejam eles minerais, matéria prima como madeira ou ainda energéticos, de forma a garantir uma exploração sustentável dos mesmos, ou seja, a sua exploração sem colocar em causa o seu esgotamento, sendo introduzidos elementos como nível ótimo de poluição ou as externalidades ambientais, acrescentando aos elementos naturais um valor econômico.

Sustentabilidade ambiental

A sustentabilidade ambiental consiste na manutenção das funções e componentes do ecossistema, de modo sustentável,36 37 podendo igualmente designar-se como a capacidade que o ambiente natural tem de manter as condições de vida para as pessoas e para os outros seres vivos, tendo em conta a habitabilidade, a beleza do ambiente e a sua função como fonte de energias renováveis.38 39
As Nações Unidas, através do sétimo ponto das Metas de desenvolvimento do milénio procura garantir ou melhorar a sustentabilidade ambiental,40 através de quatro objectivos principais:41 1.Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas nacionais e reverter a perda de recursos ambientais.
2.Reduzir de forma significativa a perda da biodiversidade.
3.Reduzir para metade a proporção de população sem acesso a água potável e saneamento básico.
4.Alcançar, até 2020 uma melhoria significativa em pelo menos cem milhões de pessoas a viver abaixo do limiar da pobreza.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Energia solar

Os constantes problemas ambientais causados pela utilização de energias não renováveis, aliados ao esgotamento dessas fontes, têm despertado o interesse pela utilização de fontes alternativas de energia.
A energia solar é uma boa opção na busca por alternativas menos agressivas ao meio ambiente, pois consiste numa fonte energética renovável e limpa (não emite poluente).
Sua obtenção ocorre de forma direta ou indireta. A forma direta de obtenção se dá através de células fotovoltaicas, geralmente feitas de silício. A luz solar, ao atingir as células, é diretamente convertida em eletricidade. No entanto, essas células fotovoltaicas apresentam preços elevados. O efeito fotovoltaico ocorre quando fótons (energia que o Sol carrega) incidem sobre os átomos, proporcionando a emissão de elétrons, que gera corrente elétrica.
Para obter energia elétrica a partir do sol de forma indireta, é necessária a construção de usinas em áreas de grande insolação, pois a energia solar atinge a Terra de forma tão difusa que requer captação em grandes áreas. Nesses locais são espalhadas centenas de coletores solares.
Normalmente, a energia solar é utilizada em locais mais isolados, secos e ensolarados. Em Israel, aproximadamente 70% das residências possuem coletores solares, outros países com destaque na utilização da energia solar são os Estados Unidos, Alemanha, Japão e Indonésia. No Brasil, a utilização de energia solar está aumentando de forma significativa, principalmente o coletor solar destinado para aquecimento de água.
Apesar de todos os aspectos positivos da energia solar (abundante, renovável, limpa, etc.), ela é pouco utilizada, pois os custos financeiros para a obtenção de energia são muito elevados, não sendo viável economicamente. Necessita de pesquisas e maior desenvolvimento tecnológico para aumentar sua eficiência e baratear seus custos de instalação.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O legado de Mandela

Um dos maiores símbolos da luta contra o preconceito em toda a história da humanidade, o líder sul-africano Nelson Mandela, de 95 anos, morreu na quinta-feira, 5 de dezembro, devido a complicações de uma infecção pulmonar. O primeiro presidente negro da história da África do Sul dedicou 67 anos de sua vida por um mundo mais justo, por meio do serviço público, como advogado de direitos humanos, prisioneiro de consciência e pacificador internacional.
Mandela nasceu na aldeia de Mvezo, na Província de Eastern Cape. Filho de um chefe da tribo Tembo, recebeu o nome de Rolihlahla. Passaria a ser chamado de Nelson anos mais tarde, em uma escola de religiosos anglicanos. Se tornou bacharelado em Direito em 1943, em Johanesburgo. No mesmo ano, formou a Liga da Juventude do CNA, com os amigos Oliver Tambo e Walter Sisulu. Eleito secretário-geral no ano seguinte, casou-se com Evelyn Mase, com quem teve quatro filhos – apenas um continua vivo.
Em 1948, Mandela coordenou a chamada ‘Campanha de Desafio’, contra o Apartheid (regime de segregação racial da África do Sul), durante a qual cerca de 8.500 ativistas foram presos. Em 1956, o líder se divorciou de Evelyn. Em 1958, casou-se novamente, com Winnie Mandela, com quem teve duas filhas. No mesmo ano foi preso junto com outros 156 companheiros, acusado de traição – acabou absolvido em 1961 da acusação de traição e passou a atuar na clandestinidade, contudo, voltou à prisão em agosto de 1962.
Era julho de 1964, quando Mandela foi condenado à prisão perpétua (ficou na prisão de Robben Island). Em 1976, no chamado Levante de Soweto, dez mil estudantes negros realizaram uma passeata pacífica. A polícia reagiu abrindo fogo contra as pessoas. O massacre deixou 566 mortos. Em março de 1982, o líder foi transferido para a prisão de Pollsmoor. Até 1986, diversas revoltas contra o Apartheid tomaram conta da África do Sul – o governo de minoria branca decretou estado de emergência. Mandela rejeitou a liberdade condicional proposta pelo presidente Pieter Botha.
Libertação de ‘Madiba’
Em 1987, a CNA e ativistas brancos antiapartheid assinaram um manifesto pela libertação de Mandela. Todavia, só em 11 de fevereiro de 1990 o governo de Frederik de Klerk apresentou medidas liberalizantes e anunciou a liberdade do líder, que deixou a prisão. O fim do Apartheid acabou decretado em 17 de novembro de 1993 – Mandela divide com De Klerk o prêmio Nobel da Paz. Em abril de 1994, Mandela venceu a primeira eleição multirracial da África do Sul e se tornou o primeiro presidente negro do país. Ficou no poder até 1999.
Já em 1998, Mandela se casa com Graça Machel. No mesmo ano, faz um discurso na Universidade de Harvard, nos EUA, e é muito aplaudido. Em 2004, ele anuncia que se retira da vida pública. Sua última aparição pública se dá em abril de 2013. Após sair do hospital em Pretória, onde ficou internado por conta de uma infecção pulmonar, é filmado ao lado do atual presidente sul-africano, Jacob Zuma.

O quinto poder

Caro leitor, peço sua permissão para oferecer um editorial longo, focado nos recentes acontecimentos políticos, mas que aborda a sustentabilidade política num mundo hiperconectado, que necessita de profunda reflexão de todos nós.
Agradeço antecipadamente pela paciência.
Boa leitura: É o quinto poder? A declaração da Presidenta Dilma Rousseff na sexta-feira passada (21/06) deixou claro que começa a surgir um novo interlocutor politico, reconhecido e legitimado pelos outros quatro poderes: a mobilização direta nas redes e nas ruas por questões pontuais. A divisão tripartite do poder idealizada por Montesquieu no século XVIII e, depois, no início do século XX, o surgimento dos meios de comunicação de massa como um quarto poder, desaguou neste quinto poder, possibilitado pela tecnologia e a comunicação em redes digitais de grande parte da sociedade que, hoje, não apenas recebe a informação, mas também emite julgamentos e opiniões.
E se mobiliza. De fato, estamos no meio de uma transição já que no Brasil apenas um pouco mais da metade da população tem acesso constante à Internet ou redes sociais, mas fica claro que a barreira entre o virtual e o real, como previu Pierre Levy em 2000, se dissolve cada vez mais rápido. Hoje, as manifestações vão das ruas para as redes, das redes para as ruas e estão nas ruas e nas redes ao mesmo tempo, e a mídia tradicional tenta, apenas tenta, acompanhar.
Não há horário, não existe local fixo, não surge uma demanda única e não tem orientação politica clara. Nem as pessoas são as mesmas.
Mas, diferentemente das comparações que foram feitas com outras manifestações rede-rua/rua-rede na Turquia e durante a primavera árabe, no Brasil este fenômeno se deu durante – e por causa de – o maior período de convívio democrático da história do país.
Lá se vão 24 anos e 8 mandatos presidenciais e de governadores sem questões sérias sobre o processo eleitoral em si, desde o fim da ditadura militar.
Além disso, um outro fator, que mais cria perplexidade na classe política – dentro e fora do governo – é que este fenômeno se dá num momento de razoável conforto econômico, com empregos em alta e crescimento econômico, apesar de baixo e aquém das necessidades nacionais. A DEMOCRACIA FOI O ESTOPIM O estopim que levou milhares de pessoas às ruas, portanto, foi a direta ameaça pelas polícias militares ao direito à manifestação, que, no final, levou à vitória da revogação de aumento tarifárias de transporte público em quase todo o país.
Mas a coisa não parou por aí. Até parece que a população ‘pegou gosto’, a assim foram colocadas na pauta outras reivindicações e outros temas, alguns genéricos, outros pontuais e, das redes, uma massa continuará a popular avenidas em manifestações que pipocam a todo tempo.
A esperança dos moblizados e autombilizados fala maior do que os riscos de ir para a rua e deixou de lado o pessimismo imobilizador. E assim, se consolida o quinto poder, confirmando mais uma vez a teoria do canadense Marshall McLuhan, que identificou que cada revolução tecnológica nas comunicações, traz mudanças sociais mais profundas. Como escrevi semana passada, a mobilização vitoriosa em torno das tarifas, mostrou que o brasileiro não mais aceitará decisões puramente técnicas. Ou seja, aumentar preços para cobrir a inflação sem contrapartidas e melhorias, nunca mais. Nas redes e nas ruas, o quinto poder pede o mesmo para os outros serviços públicos. No passado, estas questões pontuais eram encampadas por movimentos sociais de base, com ligações com igrejas e partidos políticos.
Às vezes se tornavam violentas, como foram as mobilizações contra aumento de tarifas de transporte em São Paulo nos anos 50. Nos anos 90, movimentos de sem teto colocaram na pauta a moradia popular nos centros urbanos com a ocupação de imóveis públicos.
O apoio a estes movimentos sempre foi pontual, restrito às suas redes (não digitais), a outros movimentos sociais, grupos de acadêmicos, igrejas e partidos de esquerda, que não só tinham um alinhamento ideológico, mas também tinham capacidade de mobilização. E, de fato, estes movimentos nunca eram pautas de destaque dos grandes jornais.
E sempre foram criminalizados de uma forma ou outra. Parar a Av. Paulista em horário de pico e colocar cerca de 100 mil pessoas nas ruas hoje parece corriqueiro. Neste final de semana, mesmo após o pronunciamento da presidenta, ainda houveram manifestações significativas. Cito apenas a de São Paulo, onde estimou-se 35 mil pessoas no início da noite de sábado contra, principalmente, a aprovação da PEC37 que tiraria o poder de investigação de diversos crimes do Ministério Público. MUDOU PRA SEMPRE: O QUE FAZER? Arrisco aqui que as manifestações vão continuar a acontecer.
Nas redes ou nas ruas.
Nas ruas e nas redes. Este quinto poder que se assume agora, no entanto, precisa dialogar com os outros poderes e os outros poderes precisam aprender a dialogar com ele, mesmo que não tenha lideranças fixas. É preciso entender que esta característica de não haver lideranças fixas, de não haver pessoas físicas identificáveis, não significa que não existe poder. Como diz o sociólogo Mássimo di Felice, que lidera um grupo de pesquisa internacional sobre redes digitais e sustentabilidade na USP, a aglutinação em torno de temas e questões pontuais vão acontecer e sempre se formarão lideranças temporárias organizando as pautas, utilizando-se de um conhecer atópico construído horizontalmente nas redes pelo compartilhamento de milhares de informações. Estes empreendedores cognitivos liderarão tematicamente e temporariamente. A qualquer momento questões pontuais (como a revogação do aumento das tarifas) ou genéricas (como o descontentamento contra a corrupção) surgirão e exigirão respostas daqui para frente. Isto coloca em questão o nosso sistema político, hoje anacrônico diante das possibilidades de participação popular propiciadas pelas redes digitais. Os partidos políticos estão na trincheira já que são ainda estruturados para operar em democracias representativas clássicas que, como analisou Norberto Bobbio, não significa que o parlamentar eleito possa consultar o tempo todo suas bases para saber se aperta o ‘sim’ ou o ‘não’ no painel.
Ele vota, na maioria das vezes, com um olho na mídia e outro na sua consciência. Isso em teoria, pois há uma desvirtuação do sistema, real e corriqueira, onde um terceiro olhar é para o financiador de sua campanha. E OS PARTIDOS POLITICOS? Nas últimas semana os partidos que quiseram ‘capitalizar’ nas manifestações foram rechaçados. Este foi o caso do PT nas ruas, junto com outros partidos de esquerda e com ligações com o Movimento Passe Livre.
Já o PPS, tentou na televisão, colocar na pauta das manifestações a inflação, e foi geladamente ignorado. Enquanto isso, as lideranças dos outros 30 e tantos partidos políticos ficaram afônicos e simplesmente desapareceram de cena.
Não que os partidos vão desaparecer, mas eles precisam entender com as redes que as pessoas não mais vão votar em siglas ou personalidades em meio a complexos e escusos acordos políticos por tempo na TV.
A própria rede poderá indicar aos eleitores quais o candidatos mais alinhados com certos temas, independente de partidos. O tempo de TV começa, enfim, perder a importância e listas fechadas, por consequência, terão que desaparecer.
Mas se cada indivíduo que tem possibilidade de organizar milhares de pessoas pode montar uma pauta própria, como que a sociedade buscará um consenso feito pela maioria? Como se mede esta maioria? Um abaixo assinado nas redes e milhares de pessoas nas ruas representam uma maioria democrática simples ou qualificada? São questões que necessitam ser abordadas.
Arrisco abaixo algumas propostas essenciais: Uma ampla reforma política para prever um sistema mais ágil e fácil de propostas populares Maior acesso à informação em todos os poderes e níveis de governo Um sistema de consultas públicas regulares sobre questões pontuais e locais Ampliação de canais de diálogo direto entre todos os poderes e a sociedade Possibilidade de revogação de mandatos do executivo e legislativo Os problemas são complexos, mas os entraves ao aumento da participação não são técnicos se houver a disposição dos governos de conectar ou possibilitar acesso à 100% da população às redes digitais e garantir a neutralidade total no fluxo de informações.
TUDO QUE SE DESMANCHA NAS REDES HOJE SE SOLIDIFICA NAS RUAS AMANHÃ Como em todas as mudanças, há incertezas. Karl Marx, há muito tempo, disse que tudo que é sólido, se desmancha no ar. A burguesia, para ele, era um vetor forte de mudanças sociais por várias razões.
Não há mais como negar que uma democracia pujante como a brasileira possa caminhar sem levar em conta este quinto poder que se desmancha no ar hoje e se solidifica nas ruas amanhã.
O caminho, percebido – mas apenas percebido – pela Presidenta Dilma em sua fala, é colocar pautas e abrir diálogos a despeito da suposta falta de lideranças. Prefeitos e governadores ainda não perceberam isso.
Ela reconheceu que o que aconteceu – que chama da voz das ruas – está aqui para ficar, hoje será pelo Facebook e pelo Twitter, amanhã por uma outra rede proprietária ou não.
Chegou a hora de ver que entramos na era do diálogo direto e horizontal, e que as soluções não são apenas técnicas, que a política não é enfadonha, que os partidos não são monopólios, que os parlamentos não têm mais endereço fixo, que as minorias não são necessariamente minorias e que todos têm uma voz potente fora das manchetes dos veículos das grandes corporações midiáticas. Este, o quarto poder, o único a ser realmente ameaçado pelo quinto… se ele não consolidar as mudanças que seus jornalistas começaram a observar.
Gostei

Conceito de sustentabilidade

Conceito de sustentabilidade
Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Ou seja, assustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvimento sustentável.
Ações relacionadas a sustentabilidade
- Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas de forma controlada, garantindo o replantio sempre que necessário.
- Preservação total de áreas verdes não destinadas a exploração econômica.
- Ações que visem o incentivo a produção e consumo de alimentos orgânicos, pois estes não agridem a natureza além de serem benéficos à saúde dos seres humanos;
- Exploração dos recursos minerais (petróleo, carvão, minérios) de forma controlada, racionalizada e com planejamento.
- Uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica) para diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Esta ação, além de preservar as reservas de recursos minerais, visa diminuir a poluição do ar.
- Criação de atitudes pessoais e empresarias voltadas para a reciclagem de resíduos sólidos. Esta ação além de gerar renda e diminuir a quantidade de lixo no solo, possibilita a diminuição da retirada de recursos minerais do solo.
- Desenvolvimento da gestão sustentável nas empresas para diminuir o desperdício de matéria-prima e desenvolvimento de produtos com baixo consumo de energia.
- Atitudes voltadas para o consumo controlado de água, evitando ao máximo o desperdício. Adoção de medidas que visem a não poluição dos recursos hídricos, assim como a despoluição daqueles que se encontram poluídos ou contaminados.
Benefícios
A adoção de ações de sustentabilidade garantem a médio e longo prazo um planeta em boas condições para o desenvolvimento das diversas formas de vida, inclusive a humana. Garante os recursos naturais necessários para as próximas gerações, possibilitando a manutenção dos recursos naturais (florestas, matas, rios, lagos, oceanos) e garantindo uma boa qualidade de vida para as futuras gerações.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Consumo Sustentável

O consumo sustentável baseia-se na ideia de que o planeta não pode suportar os antigos padrões usados nas últimas décadas para a extração, produção, comercialização e descarte de bens em geral.
Consumir de maneira sustentável significa consumir melhor e menos, levando em consideração os impactos ambientais, sociais e econômicos das empresas e dos seus produtos (cadeias produtivas).
Este consumo precisa ser sustentável em todos os sentidos: desde a compra, uso e até o descarte. É importante questionar-se sobre o consumo pessoal sempre, como pode ser reduzido e melhorado em qualidade.
Com países como Brasil e Índia aumentando a demanda por bens de consumo, a expectativa é que apenas uma mudança significativa em hábitos de consumo aliada às novas formas de produção poderá, de alguma forma, provocar uma mudança com benefícios.
Consumidor verde
Quem estimula o consumo sustentável é o consumidor consciente ou "verde". Chamado assim por ser mais consciente no ato de comprar ou usar produtos com a possibilidade de colaborar com o planeta. O "consumidor verde" sabe que recusando-se a comprar determinados produtos pode desestimular a produção de artigos nocivos. Por isso evita aqueles que representem um risco à sua saúde ou dos outros e que sejam agressivos à natureza na sua produção, uso ou descarte final.
Uma discussão sempre presente é se o consumidor tem a força para mudar o mercado, ao optar por empresas e produtos verdes e deixando de comprar produtos que não são amigáveis com o meio ambiente. Teoricamente, essa pressão do consumidor, a força do mercado, obrigaria as empresas a serem ecológicas, ou a fechar as suas portas.
Exercendo o consumo sustentável
A maior barreira para exercer o consumo sustentável é o preço, já que esse tipo de produto é ainda mais caro, e mercados como o Brasil, não têm ainda o poder aquisitivo para fazer essa mudança total. Não é possível ter uma sociedade pobre ou em desenvolvimento consumindo produtos ecológicos com preços acima do mercado.
Outros pontos a serem levados em conta para uma "compra verde" são: a postura da empresa em relação a temas ambientais, suas ações sustentáveis, seus processos de produção, compra de matéria prima, mão de obra estrangeira, como a empresa lida com o descarte de seus produtos, tudo deve ser pesquisado e levado em conta na hora de consumir algum produto.
Consumo sustentável não é apenas a empresa apresentar os seus produtos em uma embalagem ecológica, mas sim conhecer tudo o que está atrás até o produto chegar no mercado.
Este assunto já se encontra no âmbito empresarial brasileiro com a Agenda 21 Brasileira, pelo Instituto Akatu pelo Ministério do Meio Ambiente do Brasil, pelo Centro de Estudos de Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (CES-FGV), entre outros.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Economia de luz

A Economia de luz é uma ação sustentável •Troque as lâmpadas incandescentes por fluorescentes. Estas duram mais e utilizam menor quantidade de energia; Lampadas Incandescentes 20 Dicas Simples para Economizar Energia Elétrica
•Não deixe a luz acesa em cômodos desnecessariamente;
•Pinte as paredes internas e os tetos da casa com cores claras. Elas refletem e espalham a luz para todo o ambiente;
•Aproveite ao máximo a luz do dia deixando cortinas e portas abertas. Em caso de mesas de trabalho e de leitura, coloque-as próximas às janelas;
•Deixe os globos e lustres transparentes sempre limpos para aproveitar ao máximo a potência das lâmpadas; •No caso dos aparelhos de ar-condicionado, mantenha os filtros sempre bem higienizados;
•Use o termostato do ar-condicionado para regular a temperatura e evitar a sobrecarga do aparelho
•Máquina de lavar roupa e ferro de passar consomem bastante energia. Portanto, tente usá-los quando houver bastante roupa acumulada para realizar o trabalho de uma única vez;
•Em dias secos, ao invés de usar umidificadores eletrônicos, coloque um pano úmido pendurado no recinto e uma bacia com água;
•Evite deixar aparelhos eletrônicos em stand-by. Apesar de desligados, esse modo pode representar um gasto mensal de até 12%;
•Evite colocar o fogão e a geladeira próximos um do outro. Eles podem interferir no consumo de energia;
•Mantenha a borracha de vedação da geladeira sempre em bom estado;
•Regule a temperatura da geladeira no inverno, ajustando o termostato para evitar desperdício de consumo, e não forre as prateleiras para não exigir esforço redobrado do eletrodoméstico;
•Quando viajar, desligue a chave geral da casa para não gastar energia com coisas desnecessárias.
Fora de casa
•Experimente instalar um sistema solar de aquecimento de água para abastecer toda a casa.
Energia Solar Telhado 20 Dicas Simples para Economizar Energia Elétrica
•Utilize fotocélulas – aparelhos que detectam a presença de movimento – em ambientes externos para que as luzes acendam somente à noite.